sexta-feira, 23 de julho de 2010

Piapara

Piapara


Nome: Piapara

Nome científico: Leporinus spp

Água doce ou salgada: Doce

Família: Anostomidae

Características: Há mais de uma espécie conhecida popularmente como piapara: a Leporinus obtudensis, da Bacia do Prata e a Leporinus elongatus, da do São Francisco, além da Leporinus crassilabris. Parente de piaus e piavas, a piapara se distingue dos demais Leporinus pela forma acarneirada de seu focinho. Peixe de escamas, é natural da Bacia do Rio Paraguai. Costuma ser prateado, caracterizado por três manchas pretas nas laterais do corpo, logo acima da linha lateral, e pelas nadadeiras amareladas. Ainda apresenta listras longitudinais, que não se destacam muito. Tem o corpo alongado, alto e fusiforma, com a boca terminal e bem pequena. Os exemplares medem, em média, 40 cm de comprimento e pesam 1,5 kg.

Hábitos: Geralmente, são mais vistas no amanhecer e no entardecer, períodos em que a luminosidade está mais baixa. Costuma viver em poços profundos e nas margens, na boca de lagoas e corixos, baías, pequenos afluentes, remansos de rios, principalmente perto de vegetação e na mata inundada, preferindo ficar em lugares perto de galhadas, onde procura alimento. Costuma formar cardumes e freqüentar as partes média e inferior de águas paradas, onde a temperatura gira em torno de 21 a 27 ºC.
É um animal onívoro, de modo geral, variando seu cardápio desde matéria vegetal e animais em decomposição até plantas aquáticas, algas filamentosas e frutos. Pode também viver baseado apenas em uma dieta herbívora

Curiosidades: Por ser um peixe que realiza a piracema, a piapara faz longas migrações rio acima para se reproduzir. A espécie tem uma linha lateral bastante destacada e desenvolvida, tornando-a muito arisca e sensível às mínimas variações no ambiente, como a temperatura e vibrações a seu redor.

Onde encontrar: Espécie comum na bacia do Prata, está presente também no pantanal Mato-grossense e em Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco Goiás, Paraná e São Paulo, além de ser encontrada nas bacias Amazônica e do Araguaia-Tocantins. Encontrada durante todo o ano, principalmente nos meses quentes. O tamanho mínimo para captura é de 25 cm para os Leporinus obtusidens, 40 cm para os Leporinus crassilabris, Leporinus elongatus e 30 cm para Leporinus elongatus.

Dica para pescá-lo: O peixe costuma pegar a isca com suavidade e acomodá-la na boca antes de correr. Se o pescador ficar afobado, vai perdê-lo. Para realizar uma boa pescaria é preciso fazer uma ceva com milho ou massa de farinha para reunir os peixes no local onde se pretende pescar.

Tucunaré-azul

Tucunaré-azul


Nome: Tucunaré-azul

Nome científico: Cichla orinocensis

Água doce ou salgada: Doce

Família: Cichlidae

Características: O tucunaré é um peixe de escamas que faz parte de um dos maiores grupos de peixes de água doce do mundo. Só para ter uma idéia, na América do Sul, a família cichlidae conta com cerca de 290 espécies, o que representa cerca de 6 a 10 % da ictiofauna de água doce deste continente.

No Brasil, existem pelo menos 12 espécies de tucunarés, sendo cinco descritas. O colorido, a forma e o número de manchas variam bastante de espécie para espécie; porém, todos os tucunarés apresentam uma mancha redonda, chamada de ocelo, no pedúnculo caudal.

O tucunaré-azul atinge peso superior a cinco quilos e seu comprimento pode ultrapassar os 80 cm; tem o corpo um pouco comprimido, alto e alongado e cabeça e boca grandes.

Na primeira parte da nadadeira dorsal, espinhosa, existe uma progressão em comprimento até o quinto espinho; depois ocorre um decréscimo até atingir o bordo da dorsal ramosa. Essa região atinge tamanho maior em altura que a parte espinhosa. Pode ser identificada pela presença de três ou mais espinhos duros na porção anterior da nadadeira anal e linha lateral, que é completa nos peixes jovens e geralmente interrompida nos adultos, formando dois ramos.

Hábitos: Possui um hábito alimentar que varia ao longo de sua vida. Nos primeiros 30 dias de vida, as larvas se alimentam de plâncton. A partir do segundo mês, começam a ingerir larvas de insetos. Quando os alevinos chegam ao terceiro mês, já se alimentam de pequenos peixinhos e camarões. A partir do quinto ou sexto mês, se alimentam exclusivamente de peixes vivos.

Essencialmente carnívoro, apenas animais vivos fazem parte de sua dieta: vermes, insetos, pitus, peixinhos, pequenos animais, minhocas, larvas de mosquitos e moscas, rãs, entre outros. Costuma ser insistente ao perseguir sua presa, parando apenas quando consegue capturá-las, ao contrário de outros predadores que desistem após a primeira ou segunda tentativa malsucedida.

A espécie é territorialista, defendendo um certo espaço onde se alimenta e se reproduz. São evolutivamente avançados, com padrões comportamentais muito complexos.

Ovíparos, na época da desova, os tucunarés-azuis se acasalam e é comum que os machos apresentem uma protuberância de cor vermelha ou mais escura entre a cabeça e a nadadeira dorsal, semelhante ao cupim de um touro. Essa saliência, que desaparece logo após a fêmea desovar, é pouco perceptível no princípio e vai se avolumando até atingir a altura de um quarto do comprimento da cabeça.

Cada fêmea pode ovular duas ou mais vezes durante o período de reprodução, sendo que pouco antes da desova, o casal procura uma superfície dura e resistente, como pedras.

Depois de limpa a superfície, a fêmea coloca os ovos, que imediatamente são fecundados. A eclosão ocorre de três a quatro dias depois. Ovos e filhotes em fase inicial de desenvolvimento podem ser guardados na boca dos pais, que podem passar vários dias sem se alimentar.

Curiosidades: Na língua indígena, tucunaré significa “olho na cauda”; seu nome tem origem, portanto, no ocelo presente no pedúnculo caudal.

Antes do acasalamento, o macho costuma limpar cuidadosamente o local escolhido para a desova, com o auxílio da boca e de suas nadadeiras. Quando as larvas nascem, os pais possuem cuidados parentais, fazendo ninhos e cuidando dos filhotes, comportamento incomum entre outras espécies.

Onde Encontrar: O tucunaré-azul é uma espécie sedentária, que não realiza migrações, e vive em lagos, lagoas e na boca e beira dos rios. Durante a cheia, é comum encontrá-los na mata inundada.

Originário das Bacias Amazônica e Araguaia-Tocantins, foi introduzido nos reservatórios da Bacia do Prata, em algumas áreas do Pantanal, no Rio São Francisco e nos açudes do Nordeste.

Prefere águas mais quentes, com temperaturas entre 24 a 28 graus, mais claras, até águas amareladas, ricas em material orgânico, mas rejeitam águas avermelhadas ou excessivamente turvas.

Os exemplares se concentram em locais onde pode se esconder da presa, tais como galhadas, troncos, vegetação e pedreiras. Muitas vezes buscam águas mais oxigenadas próximas a pedras e locais abertos com passagem de água corrente.

Uma das características marcantes do peixe é a de habitar estruturas diferentes de acordo com a época do ano, dificultando a sua prospecção. No sudeste, onde foi introduzido, de acordo com as características da represa, tem hábitos peculiares, além de crescimento variável conforme a represa e comportamento definido em função da temperatura e nível da água.

São peixes diurnos e o tamanho mínimo liberado para sua captura é de 35 cm.

Dicas para pescá-lo: Em torneios ou dias em que o peixe está mais manhoso, trabalhar a isca mais rápido pode render bons resultados porque força o peixe a tomar uma decisão instintiva: atacar o plug para garantir a refeição.

Dourado

Dourado


Nome:  Dourado

Água doce ou salgada: Doce

Família: Salminus

Características: Considerado o "rei dos rios", o dourado pertence a uma família que tem o corpo lateralmente deprimido e o maxilar inferior proeminente. O tempo médio de vida é de 15 anos e seu porte varia de acordo com seu habitat; são encontrados exemplares de 70 a 75 cm e peso de 6 a 7 kg na Bacia do Paraguai, no Pantanal. Na Bacia do Prata e Bacia do São Francisco, alguns raros exemplares podem atingir os 20 kg. A espécie apresenta o chamado dimorfismo sexual, com as fêmeas sendo sempre maiores que os machos, podendo atingir mais de um metro de comprimento. O dourado macho tem espinhos na nadadeira anal, que não aparecem na fêmea.

Conforme vai ficando adulto, sua coloração se torna amarelo-dourado, possuindo reflexos avermelhados com uma mancha na cauda e estrias escuras nas escamas; na parte inferior, a coloração clareia gradativamente, com cauda e barbatanas possuindo coloração avermelhada. Cada escama apresenta um pequeno filete negro no meio, formando riscas longitudinais dessa cor desde a cabeça até a cauda e do dorso até abaixo da linha lateral. Possuem anal longa e grande número de escamas na linha lateral.

Hábitos: Carnívoro agressivo e canibal, o dourado se alimenta de pequenos peixes nas corredeiras e nas bocas de lagoas, principalmente durante a vazante, quando os outros peixes migram para o canal principal. Sua dieta é formada basicamente por tuviras, lambaris e piaus.

Os exemplares nadam em cardumes nas correntezas dos rios e afluentes e realizam longas migrações reprodutivas - piracemas -, podendo deslocar-se até 400 km rio acima e percorrendo uma média de 15 km por dia.

Curiosidades: É o maior peixe de escamas da Bacia do Prata e pode saltar mais de um metro para fora d'água quando está subindo o rio para desovar, vencendo grandes quedas d'água com facilidade.

Onde encontrar: Devido à construção de diversas barragens nos grandes rios brasileiros, a espécie tem seu estoque populacional diminuído consideravelmente; porém, ainda é encontrado durante todo o ano, principalmente na Bacia do Prata e Bacia do São Francisco, onde vivem nas corredeiras e na boca de lagos durante a vazante - à procura de alimento.

Durante a desova, procuram as cabeceiras dos rios, de águas mais limpas, onde os alevinos têm maior chance de sobrevivência. O tamanho mínimo para captura é de 60 cm.

Dica para pescá-lo: A espécie tem a boca muito dura e com poucas partes em que a garatéia possa se prender. Por isso, o uso de iscas artificiais pequenas é bastante indicado, por se acomodarem melhor na boca do peixe. Afiar os anzóis também ajuda na hora da fisgada.

Tubarana


Tabarana ou Tubarana




Nome: Tabarana ou Tubarana

Nome científico: Salminus hilarii

Água doce ou salgada: Doce

Família: Characidea

Características: Peixe ósseo de escamas da família Characidea, é carnívoro e extremamente voraz, se alimentando, principalmente, de peixes menores como os lambaris. Apresenta porte médio, cerca de 35 cm, corpo alto e comprimido lateralmente. Chega a atingir o tamanho máximo de, aproximadamente, 50 cm de comprimento e peso de 5 kg. Em média, mede 35 cm e pode pesar de  1/5 kg a 2 kg. A fêmea, com comprimento entre 30 cm e 36 cm, desova no rio e chega a apresentar até 52 mil óvulos nas gônadas.

Hábitos: A espécie prefere habitar a calha principal dos rios em trecho de correnteza. São mais comuns em águas cristalinas e rasas com até um metro de profundidade. Abriga-se nas proximidades de obstáculos, como troncos submersos, de onde saem rapidamente para atacar suas presas.

Curiosidades: Por ter uma arrancada forte, muita resistência e belos saltos, é muito procurada pelos pescadores esportivos. Porém, infelizmente, sua captura no Estado de São Paulo está cada vez mais difícil e rara por causa da poluição dos rios e da pesca predatória. Às vezes é confundida com um pequeno dourado, sendo que as principais diferenças estão no tamanho e na coloração. A tabarana tem porte médio, enquanto o dourado é um peixe de maior porte com coloração amarelada ou prateada. Outra diferença é o número de escamas entre o início da nadadeira dorsal e a fileira da linha lateral, que apresenta 10 escamas na tabarana e de 14 a 18 no dourado. A separação de espécimes juvenis pode ser feita por meio da contagem de escamas na linha lateral, 66 a 72 na tabarana e de 92 a 98 no dourado.

Onde encontrar: A tabarana encontra-se em diversas bacias, como a Amazônica, do Tocantins-Araguaia, da Prata e do São Francisco, abrangendo os estados das regiões Centro-Oeste e Sudeste. É pescada durante o verão, mas com maior freqüência durante a época das águas claras.

Dica para pescá-lo: Ao sentir o ataque do peixe, fisgue com força, sua boca dura dificulta a fixação do anzol. Amassar a farpa do anzol é uma boa dica para diminuir essa resistência.

Jacundá

Jacundá


Nome: Jacundá, também conhecido popularmente como joana, joaninha ou juanita

Nome científico: Crenicichla sp

Água doce ou salgada: Doce

Família: Cichlidae

Características: Esse peixe apresenta a boca grande e desprovida de dentes com a mandíbula um pouco maior que o maxilar superior. O corpo é comprido e alongado e a nadadeira caudal é acentuada. Já a nadadeira dorsal vai desde a cabeça até próximo a cauda. Os machos exibem a nadadeira caudal e anal mais pontiagudas em relação às fêmeas e o corpo mais magro e esbelto. Muito colorido e com várias subespécies que têm como padrão manchas variando conforme a espécie - podendo até apresentar faixas verticais nos flancos - sempre apresentam uma faixa longitudinal mais escura ao longo do corpo se estendendo do olho até o pedúnculo da nadadeira caudal e um ocelo negro na parte superior do pedúnculo caudal. Podem apresentar também uma mancha negra logo atrás dos olhos, um pouco acima da nadadeira peitoral.

Hábitos: Enquanto suas larvas se alimentam de plâncton, os alevinos e os adultos são carnívoros comendo pequenos peixes, camarões, pequenos invertebrados, insetos, minhocas e vermes encontrados no fundo dos rios ou próximo ao fundo do corpo d'água. Na época das cheias, quando as águas ficam barrentas, é comum encontrá-lo na superfície à procura de alimentos. Normalmente encontrado em cardumes, apesar de hábitos tímidos, é predador e agressivo até com exemplares menores de sua própria espécie. Raramente ultrapassa 35 cm de comprimento total e prefere água com temperatura em torno de 20°C e 25°C.

Curiosidades: O jacundá atinge a maturidade sexual ao final do primeiro ano de vida. Alguns depositam ovos sobre uma superfície previamente limpa e são constantemente vigiados pelos pais, que passam a defender esse território de outros predadores até que eclodam. Além disso, permanecem ao lado dos filhotes até que eles possam nadar livremente à procura de comida. Outros liberam os ovos que são imediatamente fecundados e depois incubados na boca até que os filhotes nadem tranqüilamente.

Onde encontrar: A espécie habita a Bacia Amazônica, Araguaia-Tocantins, Prata e São Francisco. Como todos os ciclídeos, é uma espécie sedentária freqüentando a parte média e inferior de águas paradas (lagos, lagoas, remansos de rios e represas ). É localizado sempre perto de troncos, galhadas, ambientes com grandes quantidades de plantas, capim e tocas de pedras - lugares típicos para se esconder.

Dica para pescá-lo: É um peixe extremamente territorialista e normalmente encontrado nadando no mesmo lugar. Além dessa característica, é muito desconfiado e só sai da toca quando está sozinho ou quando está certo que não é observado por algum predador.

Jaú

Jaú


Nome: Jaú

Nome científico: Paulicea lutkeni

Água doce ou salgada: Doce

Família: Pimelodidae

Características: É um dos maiores do Brasil. Peixe de couro, piscívoro, chega a pesar 120 kg e medir 1,60 m. É, sem dúvida, um sinônimo de força. O peso pesado de nossos rios, também chamado de Giant Catfish, pertença à família Pimelodidae, tem a coloração parda com manchas escuras no dorso e abdômen branco. Os juvenis são conhecidos como jaús-poca e apresentam coloração amarelada, com manchas em tom violeta. Sua cabeça é achatada e grande, aproximadamente 1/3 do total. O corpo é grosso e curto, com esporões nas pontas das nadadeiras.

Hábitos: Por ser carnívoro e ter hábitos noturnos, é mais facilmente capturado no final da tarde até o amanhecer, sendo percebido devido aos rebojos que forma na superfície. Costuma ser encontrado no canal do rio, principalmente em poços fundos e grandes na época das cheias. Quando o rio está mais baixo, o jaú costuma acompanhar os cardumes que migram rio acima. Apesar de seu grande porte, seu ataque é rápido e certeiro.

Curiosidades: Recomenda-se tralha pesada, pois oferece grande resistência quando fisgado. As caras são de ação pesada e extra pesada (30 a 50 lb), linhas de 50 a 80 lb e carretilhas ou molinetes que comportem por volta de 150 m; chumbadas do tipo oliva entre 200 g e 1 kg, dependendo da profundidade e força da água, pois é muito importante que a isca fique no fundo. As iscas mais eficientes são a tuvira, muçum ou pirambóia, cascudos, traíra, piaus, piabas e minhocuçu, devendo ser iscados vivos e inteiros. Pode-se optar também por coração de boi, fígado de boi ou tripa de galinha.

Onde encontrar: Os jaús costumam ser encontrados em canais de rios, poços fundos - como o final de corredeiras - nas regiões Norte, Centro-Oeste, e em alguns locais dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Apesar de escassos e de pequeno porte, em alguns pontos, como no Pantanal, ainda há ótimos locais onde podem ultrapassar 50 kg, como na região entre o Pará e Mato Grosso.

Dicas para pescá-lo: Para uma fisgada mais eficiente, não tenha pressa. Espere o peixe colocar a isca na boca e deixe-o tomar um pouco de linha. Quando sentir o peso, dê aquela puxada.
Distribuição Geográfica
Bacias amazônica, Araguaia-Tocantins, São Francisco, Prata e em algumas bacias do Atlântico Sul. Amplamente distribuído na América do Sul, mas provavelmente existe mais de uma espécie recebendo este nome.

Cachara

Cachara



Nome:  Cachara

Nome científico: Apapá amarelo: Pellona Castelnaeana . Apapá branco: Pellona Flavipinnis

Água doce ou salgada: Doce

Família: Distribuídas em nove famílias, entre elas os jaús e as piraíbas.

Características: Pode ser diferenciada das outras espécies do gênero pelas manchas, que se apresentam em forma de malhas, começando na região dorsal e se estendendo até próximo ao ventre. Pode alcançar mais de 1,20 m de comprimento total, pesando mais de 25 quilos em alguns casos. Seu ataque é rápido e certeiro. Tem a cabeça enfeitada por seis barbas compridas, que funcionam com o órgão sensitivo. Possuem corpo alongado, aerodinâmico e roliço, com esporões nas pontas das nadadeiras peitorais e dorsal. A cabeça é achatada e grande, aproximadamente um terço do total. A coloração é cinza escuro no dorso, clareando em direção ao ventre, onde pode chegar ao branco, logo abaixo da linha lateral.

Hábitos: Tem hábitos noturnos e é piscívora, alimentando-se de uma série de peixes com preferência para peixes de escamas como, por exemplo, muçum, tuviras, lambaris, piaus, curimbatás, camarões, peixes de porte menor e outros organismos aquáticos. A migração reprodutiva (piracema) rio acima da espécie acontece durante a seca ou a partir do início da enchente.

Curiosidades: É um dos grandes bagres fluviais existentes em nossa fauna aquática e, muitas vezes, é chamada erroneamente de pintado. Na classificação zoológica, os peixes chamados de siluriformes são aqueles que apresentam o corpo revestido de couro. No Brasil, existem mais de 600 espécies desses peixes. Outros siluriformes são os vários tipos de surubim, como o surubim-pintado e o surubim-cachara, que pertencem à família dos Pimelodídeos. No Pantanal, é conhecido vulgarmente por cachara e, na Bacia Amazônica, como surubim.

Onde encontrar: Costumam ser encontradas em canais de rios, poços profundos e grandes - como final de corredeiras - praias, matas inundadas e igapós, onde espreitam suas presas e, ao mesmo tempo, têm refúgio dos seus predadores. No final da tarde até o amanhecer, alimentam-se de pequenos peixes de escamas e camarões, mas são mais ativos durante a noite. As mais jovens costumam ser mais inquietas enquanto as adultas esperam quase que imóveis por sua presa. Estão mais presentes nas regiões Norte e Centro-Oeste, nas Bacias Amazônica, Araguaia-Tocantins e Prata, além dos estados de São Paulo, Minas Gerais na Bacia do São Francisco, Paraná e Santa Catarina.

Dica para pescá-lo: Apesar de escassos e de pequeno porte, em alguns pontos, como no Pantanal, ainda há ótimos locais onde podem ultrapassar 20 Kg, como na região entre o Pará e Mato Grosso. As cacharas são mais encontradas de fevereiro à outubro, sendo melhor as épocas de seca.
No Rio Pará afluente do Rio São Francisco pelo menos eu ja peguei uma de 45 kg!

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Corvina

Corvina

Nome: Corvina

Nome científico: Plagioscion squamossissimus

Água doce ou salgada: doce

Família: Sciaenidae

Características: Corpo comprimido lateralmente, coberto de escamas e com linha lateral bem visível. Apresenta dorso prateado com linhas oblíquas levemente azuladas, flanco e ventre prateados. Duas nadadeiras dorsais bem próximas uma da outra. A boca é oblíqua, com grande número de dentes recurvados e pontiagudos. Possui dentes na faringe e a parte posterior dos arcos branquiais apresenta projeções afiadas com margem interna denteada. Alcança mais de 50 cm de comprimento e massa superior a 5 kg. O tamanho mínimo para captura é 25 cm. Sua carne tem bom valor comercial por ser branca e suave, muito apreciada na gastronomia.

Hábitos: Carnívora, alimenta-se de peixes, camarões e insetos. Apresenta comportamento próprio de canibalismo. Os maiores exemplares costumam ser pescados ao entardecer e à noite em poços profundos. Como muitas vezes o cardume está no fundo, a fisgada tem que ser firme para o peixe não escapar.

Curiosidades: A espécie foi muito usada para povoamento de represas do Sudeste e Sul. É conhecida como corvina de água doce ou pescada do Piauí. Existem três gêneros de corvina de água doce. O Plagioscion , o Pachypops e o Pachyurus . A identificação desse gêneros se baseia na estrutura do ouvido interno chamado de otólitos, que são responsáveis pela percepção espacial do peixe (percepção de sua posição na água). O Plagioscion squamossissimus é uma espécie nativa da Amazônia que foi introduzida em várias regiões do Brasil, sendo que na região Sudeste em maior número.

Onde encontrar: É encontrado nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, além dos estados de Minas Gerais Bacia do São Francisco, São Paulo e Paraná, sendo pescada durante o ano todo. Espécie de fundo e de meia água, sedentária, forma grandes cardumes na porção central de lagos, lagoas e reservatórios. Não descarta-se a possibilidade de captura em águas rasas, pois em grandes represas ela costuma usar os canais como forma de orientação em suas incursões a águas menos profundas, atrás de presas que se alimentam próximo das margens.

Dicas para pescá-lo: O melhor período para pescá-las é pela manhã bem cedo ou no final da tarde e à noite. Para aumentar suas chances de fisgar as maiores, mantenha a isca em movimento, mesmo quando estiver pescando com uma viva.

Piracanjuba

Piracanjuba




Nome:  Pirancanjuba, ou salmão-do-paraná, matrinchã e matrinchão

Nome científico: Triurobrycon lundii

Água doce ou salgada: Doce

Família: Characidae

Características: Natural da bacia do Prata, essa espécie é, sem dúvida, muito esportiva. A piracanjuba pode atingir até um metro de comprimento e passar dos cinco quilos, mas são comuns indivíduos abaixo dos 60 cm e dois quilos. De modo geral, é uma espécie herbívora cuja dieta consiste em frutos, sementes, raízes, flores, folhas, aranhas e larvas de insetos. Os peixes dessa família apresentam o maxilar inferior um pouco proeminente, ligeiramente voltado para cima. A cabeça é pequena em relação ao corpo. Possui nadadeira adiposa (pequena nadadeira localizada, também, no dorso e próximo à cauda. Essa nadadeira aparece só em alguns grupos de peixes, como a piracanjuba, por exemplo). A espécie tem linha lateral bastante desenvolvida, o que a torna muito arisca e sensível às mínimas variações no ambiente. Seu focinho apresenta uma mancha levemente alaranjada.

Hábitos: Costuma realizar suas funções básicas quando a temperatura da água está por volta de 28 ºC a 32 ºC, o que chamamos de conforto térmico. Dentro dessa faixa de temperatura ela consegue se alimentar, reproduzir e se desenvolver normalmente

Curiosidades: Os indivíduos atingem a maturidade sexual acima dos 30 cm de comprimento e a reprodução ocorre geralmente no verão, entre os meses de novembro e maio. Por ser um peixe que realiza a desova total, ou piracema, a piracanjuba faz longas migrações rio acima para se reproduzir e pode percorrer em um só dia mais de 9 km contra a correnteza

Onde encontrar: Presente no Pantanal Mato-grossense e nos rios e represas dos Estados de Minas Gerais, São Paulo, Paraná e sul de Goiás, a piracanjuba também é encontrada nas bacias do Prata e bacia do São Francisco. Normalmente esses peixes estão agrupados em pequenos cardumes, tanto nos canais e leitos dos rios quanto nas áreas próximas às margens e em locais de águas rápidas e corredeiras, onde procuram alimento. Geralmente as piracanjubas estão mais ativas durante o dia ou ao entardecer, quando a luminosidade está mais fraca. São encontradas durante o ano todo, principalmente na época da seca e quando a água está mais limpa. O tamanho mínimo exigido para sua captura é de 40cm

Dica para pescá-lo: Como a piracanjuba é uma espécie que tem a boca pequena, é importante usar iscas de porte pequeno a médio, até 9 cm, e adequar o seu tamanho ao do alimento que ela está comendo na época.

Traíra

Traíra


Nome: Traíra

Nome científico: Hoplias malabaricus

Água doce ou salgada: Doce

Família: Erithrynidae

Características: As Traíras são divertidas e bastante briguentas e podem ser capturadas com várias técnicas. São exclusivas da América do Sul e pertencem à família Erithrynidae, da qual também fazem parte Jejus e Trairões. Antigamente, eram tidas como espécie única, com ampla distribuição dentro da área de ocorrência. Com o aprofundamento de estudos, os cientistas chegaram à conclusão de que são várias espécies ou um grupo, denominado malabaricus . Os peixes desse grupo podem alcançar tamanho máximo em torno de 5 kg e 80 cm de comprimento. O corpo é roliço, com as extremidades mais afiladas. Têm a cabeça levemente comprimida, principalmente na região das maxilas. Apresentam dentição pronunciada, constituída por dentes aciculares (em formato de agulha) levemente achatados, de diferentes tamanhos. Sua coloração, normalmente marrom dourada, pode variar entre preto, cinza e verde, dependendo do ambiente e da cor da água. As escamas recobrem só o corpo e não estão presentes na cabeça e nadadeiras.

Hábitos: São caçadoras implacáveis e, uma vez atiçadas, atacam iscas diversas vezes. Preferem se alimentar de pequenos peixes, sapos e alguns artrópodes (crustáceos e pequenos insetos com esqueletos externos e patas articuladas, como pitus). Como não nadam muito bem, as iscas devem ser puxadas mais lentamente, para as Traíras poderem se aproximar e dar boas mordidas. Muitas vezes, são atraídas por barulhos na água, como o de peixes debatendo-se na superfície.

Curiosidades: Podem muitas vezes ser responsabilizadas pelo amor à pesca de diversas pessoas que as capturaram em pequenos lagos de sítios ou em grandes quintais. Sua agressividade e espírito de luta sempre proporcionam muitas festas a vários pescadores, veteranos ou principiantes.

Onde encontrar: Presentes em praticamente todos os corpos de água doce do Brasil, vivem em lugares que vão desde brejos e pequenos alagados a rios caudalosos e quilométricos, em todo o território continental. Sua presença é bastante comum em açudes, lagos e reservatórios. Em rios, preferem ficar em pequenas baías ou remansos, sem correnteza. Gostam de ficar em águas rasas e quentes de lagoas e represas, principalmente em meio a pedras, galhos secos, árvores caídas, moiras de capim e vegetação marginal. Nas regiões sul e sudeste, migram para águas mais profundas no inverno e permanecem junto ao fundo, inativas. Em rios, podem ser encontradas nas mesmas estruturas, em pequenas ou grandes baías marginais ou regiões de águas mais calmas. Normalmente ficam juntas ao fundo independentemente da temperatura da água.

Dicas para pescá-la: Ao optar por iscas artificiais, seja persistente já que as traíras às vezes são um pouco lentas e podem demorar a atacar. Iscas de hélices, poppers e zaras são bastante eficientes, pois o barulho que produzem atrai essas implacáveis caçadoras.

Pacu

Pacu



Nome: Pacu

Nome científico: Piaractus mesopotamicus

Água doce ou salgada: Doce

Família: Caracídeos

Características: Conhecidos também como Pacus-Caranha e Caranhas, somente perdem em porte, na bacia do Prata, para Dourados, dentre os peixes de escama nativos. Atingem pouco mais de 80 cm e 10kg e existem relatos de exemplares com até 20 kg. As principais diferenças para as demais espécies da subfamília Mylenae são a nadadeira anal com menos de 27 raios, ausência de um espinho pré-dorsal e os primeiros raios das nadadeiras maiores que os medianos. As cores variam do castanho ao cinza-escuro, conforme a época do ano. Na época da cheia, quando eles entram em campos alagados, escurecem e empalidecem ao permanecerem nas calhas de rios, principalmente os de água branca. O ventre vai do esbranquiçado ao amarelo ouro. Às vezes, o dorso pode apresentar tons de roxo ou azul escuro.

Hábitos: Seus hábitos alimentares variam de acordo com a época do ano e a oferta de comida. Consomem preferencialmente frutos, folhas, moluscos (caramujos), crustáceos (caranguejos) e até pequenos peixes, além de outros itens. Podem ser encontrados nas calhas principais de rios, dentro de corixos, vazantes e matas inundadas no período em que as águas sobem. Espécie típica de piracema, migra para áreas adequadas para reproduzir, crescer e desenvolver larvas.

Curiosidades: Não são capazes de subir quedas d'água com grandes desníveis e isso os torna típicos de regiões de planícies. Assim como Curimbatás, Dourados e Pintados, produzem grande quantidade de ovos e larvas, liberados na água e abandonados a sua própria sorte. Por isso, somente alguns - geralmente menos de 1% do total desovado - chegam à idade adulta. Não há distinção aparente entre machos e fêmeas, exceto a granulação da superfície da nadadeira anal na época da desova.

Onde encontrar: Podem ser encontrados nas bacias Amazônica, Araguaia/Tocantins e do Prata. Vivem em campos alagados, corixos, lagoas marginais e também podem ser encontrados em calhas principais de rios, em poços próximos a margens. Escondem-se habitualmente sob a vegetação nativa, como camalotes (união de aguapés que formam espécies de ilhas paradas nas margens). Algumas vezes, são achados boiando no meio de lagoas e até mesmo, com menos freqüência, suspensos nas correntezas de rios.

Dicas para pescá-lo: Na natureza, é muito importante que os Pacus acomodem as iscas na boca para então fisgar com firmeza, pois têm bocas muito duras que dificultam a penetração de anzóis; Verifique sempre se seus anzóis estão afiados e se o empate de aço não está demasiadamente desgastado, o que pode provocar perdas; Em pesque-pague, estão entre os maiores desafios. Há locais somente para arremessos de longa distância que possibilitam capturas; Em todos os casos, use varas mais longas, pois a alavanca proporciona fisgadas mais potentes e maior penetração dos anzóis.

Saicanga

Saicanga



Nome: Saicanga

Nome científico: Acestrorrynchus hepsetus

Água doce ou salgada: Doce

Família: Characidae

Características: muito parecida com as cachorras, porém menor, também é bastante valente e agressiva. De porte médio, chega a atingir 20 cm de comprimento e 500 g de peso. Não são comuns os exemplares que ultrapassam essas medidas, mas, segundo a literatura, já foram encontrados exemplares acima dos 30 cm. Seu corpo é alongado e comprimido lateralmente coberto por pequenas escamas de bonita coloração prateada uniforme intensa e muito brilhosa. A nadadeira dorsal e anal estão localizadas na metade posterior do corpo. A caudal apresenta raios medianos prolongados formando um filamento que em alguns indivíduos pode ser avermelhada ou amarelada com uma mancha escura - pode haver ainda outra atrás do opérculo. O focinho é longo e a boca é grande e oblíqua com uma característica marcante: os dentes avantajados e afiados fora da mandíbula são usados para arrancar escamas e pedaços de outros peixes.

Hábitos: espécie carnívora muito agressiva principalmente nas primeiras horas do dia e ao entardecer, costuma se alimentar de pequenos peixes inteiros, insetos aquáticos e terrestres e, ocasionalmente, raízes de vegetais. Ataca sempre em cardumes e volta rapidamente para algum local que sirva de abrigo. Com nadadeiras peitorais grandes, que lhe dá muita agilidade, costuma ser um peixe bastante ativo (principalmente no verão) e um excelente nadador.

Curiosidades: Os indivíduos atingem a maturidade sexual com aproximadamente 15 cm de comprimento e a reprodução ocorre geralmente no verão, entre os meses de novembro a maio. Essa espécie costuma migrar grandes distâncias até encontrar uma planície alagada, resultante de enchentes, que utiliza para desovar.

Onde encontrar: habita diversas lagoas e represas d'água, poções e estirões próximos a paus, pedras, galhadas e pedreiras principalmente nas regiões da Bacia Amazônica, Araguaia-Tocantins, Prata e São Francisco.

Dica para pescá-lo: a saicanga é um peixe de água doce que na maioria das vezes é visto em águas superficiais e abundantes em alimento. Com instinto caçador, ataca presas relativamente grandes que às vezes medem cerca da metade do tamanho do seu comprimento.

Curimbatá

Curimbatá



Nome:  Curimbatá

Nome científico: Prochilodus

Água doce ou salgada: Doce

Família: Prochilodontidae

Características: possui a boca terminal, ou seja, localizada na região anterior da cabeça, em forma de ventosa. Os lábios são grossos e os dentes são numerosos e muito pequenos, dispostos em fileiras podendo se alongar e retrair conforme a situação. As nadadeiras adiposas são bem pequenas, localizadas no dorso, próximo à cauda. Muito rústicos, apresentam hábito alimentar iliófago, o que significa que os curimbatás alimentam-se de pequenos crustáceos e larvas que encontram no lodo do fundo do rio, sendo, por isso, considerados dentritívoros,ou comedores de detritos. Seu longo trato digestivo aproveita material nutritivo que outras espécies não conseguem. As escamas são ásperas e a coloração é prateada escura. A altura do corpo e o comprimento variam de acordo com a espécie. Em algumas espécies os machos podem pesar mais de cinco quilos e atingir 58 cm, e as fêmeas 70 cm e pesar 5,5 quilos, às vezes mais de 6 quilos Outras espécies apresentam apenas centenas de gramas.

Hábitos: Os curimbatás realizam, sempre em grandes cardumes, longas migrações reprodutivas (piracema) para desovar em condições mais favoráveis ao desenvolvimento da prole. Nessa época os machos emitem sons (roncos) que podem ser escutados até fora d'água. Eles vibram uma musculatura especial, e com auxílio da bexiga natatória, produzem um som típico de piracema. Os machos nadam ao lado das fêmeas - que em dado momento expelem seus óvulos. E é no instante em que os óvulos são expelidos que os machos os fecundam com descargas de esperma. Os curimbatás são muito profílicos, podendo uma única fêmea desovar mais de um milhão de óvulos por temporada.

Curiosidades: Devido às inúmeras espécies de peixes e aves predadoras que se alimentam dessa espécie, o curimbatá pode ser considerado a sardinha dos rios brasileiros. As quantidades em que são encontrados em alguns rios, principalmente na época da piracema, impressiona até as pessoas acostumadas com sua presença, tamanha a abundância deles nos rios. O período reprodutivo ocorre na primavera e começo do verão quando geralmente os espécimes estão com grandes reservas de energia (gordos) e não costumam se alimentar. Eles são facilmente observados em corredeiras e obstáculos, quando dão grandes saltos para atingir a cabeceira dos rios.

Onde encontrar: A distribuição natural da espécie é feita pelos rios de todo país: Bacia do Prata, Bacia do São Francisco, Bacias Amazônica e Araguaia-Tocantins. Ele foram introduzidos, por meio de peixamento.

Dica para pescá-lo: por se alimentarem basicamente de detritos orgânicos, é comum que estes peixes se aglomerem em áreas com fundos lodosos das partes baixas (terço final) dos grandes rios. A evolução adaptativa conferiu a estas espécies grande capacidade de freqüentar ambientes com baixa quantidade de oxigênio dissolvido, característicos destes fundos de leito onde a água é mais parada.