quinta-feira, 22 de julho de 2010

Traíra

Traíra


Nome: Traíra

Nome científico: Hoplias malabaricus

Água doce ou salgada: Doce

Família: Erithrynidae

Características: As Traíras são divertidas e bastante briguentas e podem ser capturadas com várias técnicas. São exclusivas da América do Sul e pertencem à família Erithrynidae, da qual também fazem parte Jejus e Trairões. Antigamente, eram tidas como espécie única, com ampla distribuição dentro da área de ocorrência. Com o aprofundamento de estudos, os cientistas chegaram à conclusão de que são várias espécies ou um grupo, denominado malabaricus . Os peixes desse grupo podem alcançar tamanho máximo em torno de 5 kg e 80 cm de comprimento. O corpo é roliço, com as extremidades mais afiladas. Têm a cabeça levemente comprimida, principalmente na região das maxilas. Apresentam dentição pronunciada, constituída por dentes aciculares (em formato de agulha) levemente achatados, de diferentes tamanhos. Sua coloração, normalmente marrom dourada, pode variar entre preto, cinza e verde, dependendo do ambiente e da cor da água. As escamas recobrem só o corpo e não estão presentes na cabeça e nadadeiras.

Hábitos: São caçadoras implacáveis e, uma vez atiçadas, atacam iscas diversas vezes. Preferem se alimentar de pequenos peixes, sapos e alguns artrópodes (crustáceos e pequenos insetos com esqueletos externos e patas articuladas, como pitus). Como não nadam muito bem, as iscas devem ser puxadas mais lentamente, para as Traíras poderem se aproximar e dar boas mordidas. Muitas vezes, são atraídas por barulhos na água, como o de peixes debatendo-se na superfície.

Curiosidades: Podem muitas vezes ser responsabilizadas pelo amor à pesca de diversas pessoas que as capturaram em pequenos lagos de sítios ou em grandes quintais. Sua agressividade e espírito de luta sempre proporcionam muitas festas a vários pescadores, veteranos ou principiantes.

Onde encontrar: Presentes em praticamente todos os corpos de água doce do Brasil, vivem em lugares que vão desde brejos e pequenos alagados a rios caudalosos e quilométricos, em todo o território continental. Sua presença é bastante comum em açudes, lagos e reservatórios. Em rios, preferem ficar em pequenas baías ou remansos, sem correnteza. Gostam de ficar em águas rasas e quentes de lagoas e represas, principalmente em meio a pedras, galhos secos, árvores caídas, moiras de capim e vegetação marginal. Nas regiões sul e sudeste, migram para águas mais profundas no inverno e permanecem junto ao fundo, inativas. Em rios, podem ser encontradas nas mesmas estruturas, em pequenas ou grandes baías marginais ou regiões de águas mais calmas. Normalmente ficam juntas ao fundo independentemente da temperatura da água.

Dicas para pescá-la: Ao optar por iscas artificiais, seja persistente já que as traíras às vezes são um pouco lentas e podem demorar a atacar. Iscas de hélices, poppers e zaras são bastante eficientes, pois o barulho que produzem atrai essas implacáveis caçadoras.

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