sexta-feira, 23 de julho de 2010

Piapara

Piapara


Nome: Piapara

Nome científico: Leporinus spp

Água doce ou salgada: Doce

Família: Anostomidae

Características: Há mais de uma espécie conhecida popularmente como piapara: a Leporinus obtudensis, da Bacia do Prata e a Leporinus elongatus, da do São Francisco, além da Leporinus crassilabris. Parente de piaus e piavas, a piapara se distingue dos demais Leporinus pela forma acarneirada de seu focinho. Peixe de escamas, é natural da Bacia do Rio Paraguai. Costuma ser prateado, caracterizado por três manchas pretas nas laterais do corpo, logo acima da linha lateral, e pelas nadadeiras amareladas. Ainda apresenta listras longitudinais, que não se destacam muito. Tem o corpo alongado, alto e fusiforma, com a boca terminal e bem pequena. Os exemplares medem, em média, 40 cm de comprimento e pesam 1,5 kg.

Hábitos: Geralmente, são mais vistas no amanhecer e no entardecer, períodos em que a luminosidade está mais baixa. Costuma viver em poços profundos e nas margens, na boca de lagoas e corixos, baías, pequenos afluentes, remansos de rios, principalmente perto de vegetação e na mata inundada, preferindo ficar em lugares perto de galhadas, onde procura alimento. Costuma formar cardumes e freqüentar as partes média e inferior de águas paradas, onde a temperatura gira em torno de 21 a 27 ºC.
É um animal onívoro, de modo geral, variando seu cardápio desde matéria vegetal e animais em decomposição até plantas aquáticas, algas filamentosas e frutos. Pode também viver baseado apenas em uma dieta herbívora

Curiosidades: Por ser um peixe que realiza a piracema, a piapara faz longas migrações rio acima para se reproduzir. A espécie tem uma linha lateral bastante destacada e desenvolvida, tornando-a muito arisca e sensível às mínimas variações no ambiente, como a temperatura e vibrações a seu redor.

Onde encontrar: Espécie comum na bacia do Prata, está presente também no pantanal Mato-grossense e em Minas Gerais, Bahia, Sergipe, Alagoas, Pernambuco Goiás, Paraná e São Paulo, além de ser encontrada nas bacias Amazônica e do Araguaia-Tocantins. Encontrada durante todo o ano, principalmente nos meses quentes. O tamanho mínimo para captura é de 25 cm para os Leporinus obtusidens, 40 cm para os Leporinus crassilabris, Leporinus elongatus e 30 cm para Leporinus elongatus.

Dica para pescá-lo: O peixe costuma pegar a isca com suavidade e acomodá-la na boca antes de correr. Se o pescador ficar afobado, vai perdê-lo. Para realizar uma boa pescaria é preciso fazer uma ceva com milho ou massa de farinha para reunir os peixes no local onde se pretende pescar.

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